Por James Davidson
Atendendo aos pedidos de muitos leitores do blog, este matéria tem como tema a recém-inaugurada Escola Técnica Estadual de Jaboatão que passou 14 anos abandonada, sendo alvo de muitas promessas políticas e que só agora foi finalmente restaurada. A história da escola técnica está muito ligada á história das ferrovias e, consequentemente, a história de Jaboatão.
A Escola Técnica e Profissional de Jaboatão surgiu ainda na época da Great Western, em 1941, quando a empresa era administrada pelo engenheiro Manoel de Azevedo Leão que percebeu a necessidade de qualificação profissional para os operários das ferrovias. Por sediar as Oficinas de reparos e consertos de trens e as Vilas Operárias, Jaboatão foi escolhido para a implantação de uma escola de educação básica (Escola Souza Brandão) e uma de formação profissional. A escola foi inaugurada com o nome de Escola Profissional Ferroviária Benvenuto Lubambo, possuindo inicialmente 69 alunos e funcionando em parceria com o SENAI. Foram seus primeiros professores: Wilton Soares(português), Jefferson Martins de Freitas(matemática), Cornélio Lima(Higiene), Teutly Silva(Desenho), Orlando Breno(Educação física), Manoel Pascoal(Instrutor chefe das oficinas), Plácido de Freitas(Serralheria), Manoel paulino(Ferraria), Otávio Carneiro(Carpintaria) e Manoel Pascoal(Tecnologia).
A escola passou a chamar-se depois apenas de Centro de Formação Profissional e era destinada preferencialmente aos filhos dos ferroviários. Muitas foram as pessoas que estudaram na escola técnica primitiva que contribuiu significativamente para a formação profissional de muitos jaboatonenses. A escola técnica funcionou até o ano de 1996, quando finalmente fechou, acompanhando o declínio tanto das ferroviais como de Jaboatão. Sua reabertura foi, durante muito tempo, uma grande reivindicação da população local que sempre era enganada pelos políticos que prometiam transformá-la numa universidade mas que, quando chegavam ao poder, nada faziam. Em 2006, por exemplo, durante as vésperas das eleições, o prédio foi limpo e prometeram ao povo que a universidade municipal de Jaboatão seria ali. Contudo, tudo não passou de uma jogada política para ganhar votos e depois que as eleições passaram nada mais foi feito. Também na mesma época demoliram a Martenidade Rita Barradas e prometeram reconstruí-la, mas nada foi feito novamente.
Como foi mostrado em 2008 neste blog (as fotos infortunamente eu perdi), o prédio continuou abandonado até que o governo do estado acabou com os 14 anos de abandono, transformando-o em uma Escola Técnica Estadual (ETE). A inauguração foi no início deste ano de 2010 e, apesar de estar funcionando com apenas dois cursos, foi uma grande reivindicação da população que foi atendida. A Escola hoje chama-se Maximiano Auccioly Campos e deve ampliar no futuro o número de vagas e cursos.
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