Em defesa dos moradores naturais da região do porto de Suape, pescadores e coletores que serão praticamente expulsos de lá, por conta do "progresso" à custa do meio ambiente natural e social, fiz o seguinte poema:
Cocaia
Tudo está tranqüilo agora
Mas o que será amanhã?
O que farão aos caranguejos?
O que será dos manguezais?
Falam em progresso
Em um grande crescimento
Que vai gerar empregos
A crise diminuir
Mas esquecem que o porto
Nada fez pra melhorar
Pois a crise permanece
E a gente como está?
Os tubarões que nos atacam
São a voz da natureza
Que grita por socorro
Pelos mangues destruídos
Mas só falam no petróleo
E no emprego que vai gerar
Busca o mundo outras fontes
Enquanto nós na contramão!
Na Baía de Guanabara
O estrago foi enorme
E a gente que é tão pobre
Como é que vai ficar?
Se não houver mais caranguejos
De onde virá o meu sustento
Não haverá mais rendimento
Se o peixe então sumir.
Mas nos falam que é seguro
Que vai gerar muitos empregos
Mas agora eu tenho medo
Pois eu só sei pescar!
Nos falam muitas coisas
Mas não quero me enganar
Se o óleo então vazar
Me diz: Como é que a gente vai ficar?
Um comentário:
Muito Bom seu Poema,
que Fala de Nossa situação de nossa Cidade,
sei que você é apaixonado por Jaboatão, gostaria de um Dia trocar uma ideia com você.
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